domingo, 8 de março de 2015

Boas garotas não são estupradas

por Letícia Bahia


No Brasil de 2014 aconteceu um estupro a cada 10 minutos. Quer dizer, na verdade foram mais. É que esse número estarrecedor só dá conta dos estupros reportados. Segundo dados oficiais do Sistema Nacional de Estatísticas em Segurança Pública (Sinesp), foram registradas 40.899 ocorrências do crime. As tantas mulheres que por medo, culpa, vergonha ou pelo motivo que for, não denunciaram a violência sexual de que foram vítimas não estão incluídas nesse número. Portanto, enquanto você estiver lendo esse texto, tenha em mente que muitas mulheres estão sendo estupradas. 

"Mulheres?, Letícia? Por que as feministas falam como se só mulheres fossem estupradas?" 


Todo estupro é uma tragédia. Ao contrário do que insinuou o deputado Jair Bolsonaro, ninguém merece ser estuprado. Faço questão de mencionar a tocante reportagem de Nathalia Ziemkiewicz, que jogou luz sobre a tragédia de Heberson Oliveira. Ele hoje está entre os milhões de brasileiros portadores do HIV. O vírus é a cicatriz invisível e latejante dos estupros que Heberson sofreu na prisão, onde passou dois anos acusado de um crime que não cometeu. Todo o meu sentimento por esse e pelos milhares de Hebersons esquecidos em algum canto de Brasil. Mas eu quero falar sobre mulheres porque é às custas dos nossos corpos que os números do estupro no Brasil são tão alarmantes. Eu quero falar sobre o estupro de mulheres porque nós sabemos o que é viver com medo de ser a próxima.


Em março de 2014 o IPEA publicou um relatório baseado nos dados oficiais do Sinesp. Descobrimos ali que 88,5% das vítimas de estupro são mulheres. Quando nos debruçamos apenas sobre a população adulta o número alcança os impressionantes 97,5% de vítimas do sexo feminino. 


Talvez você não saiba, mas fatalmente conhece alguma destas mulheres. Eu conheço quatro. Em comum, elas tem o fato de que seus agressores nunca foram acusados - pelo menos não por elas. Duas foram abusadas quando criança e por pessoas conhecidas - como 32,2% das crianças abusadas, ainda segundo o IPEA. Uma delas contou sobre o estupro para sua mãe, uma mulher simples que, temendo uma reação violenta do marido, instruiu a filha a manter o ocorrido em segredo. O que fazer quando as mulheres acreditam a tal ponto na própria impotência que uma filha não pode contar com a própria mãe para defendê-la? Ali não se fez nada, e os estupros continuaram a acontecer até que sua idade a tornasse desinteressante para o pedófilo. 


A outra criança eu conheci quando uma mulher de 36 anos sentou-se no meu consultório com um segredo que ela escondera do mundo por 30 anos. Quando ela me contou sobre o abuso sofrido, tão remoto e tão presente, eu pude ver o peso em sua coluna encurvada se desfazer à luz da revelação. Seus olhos ariscos pareciam duvidar de mim quando eu disse que a culpa não era dela. Mas, mesmo incrédula, ela ficou. Assim começaram os meses que passamos juntas, através dos quais ela foi construindo uma nova versão da sua história. A vida toda ela fora culpada, e ali começava finalmente a ser vítima. 


Uma das mulheres adultas engravidou e realizou um aborto. Anos depois, quando aos 7 meses de gestação ela perdeu uma criança que já tinha enxoval, novamente ela se lembrou de que a culpa era dela, sempre dela, embora os médicos lhe dissessem de todas as maneiras possíveis que não havia relação entre o aborto de outrora e o filho perdido. 


Foi também em meu consultório que uma jovem de 19 anos me contou que havia sido estuprada em 3 ocasiões diferentes por 3 homens diferentes. Estivemos juntas por não mais do que um mês. Ela não conseguia fazer o que se faz em terapia, que é olhar para si. Na verdade, ela mal conseguia colocar sua voz para fora dos pulmões. Nos olhos, as lágrimas contidas de quem não acredita ter direito de chorar a própria tragédia. Não sei se por culpa, medo, vergonha ou se por inabilidade minha - nunca sabemos ao certo por quê um paciente abandona a terapia - ela sumiu. Esta mulher eu não pude ajudar. 


A tragédia de Heberson não é maior nem menor do que a destas mulheres. Mas as pilha e mais pilhas de corpos femininos desmanchados por histórias de violência sexual nos obrigam a investigar uma verdade incômoda: os homens estupram muito mais do que as mulheres. Os agressores do sexo masculino representam entre 93% e 97%, diz o IPEA. 


Muita gente procura explicar esse dado desconcertante recorrendo ao argumento fácil e falso de uma suposta natureza masculina. Falam em testosterona, em instinto de perpetuação da espécie. Supõem que o desejo sexual é privilégio dos homens. Devem desconhecer o clitóris, o único órgão que não tem outra função além do prazer sexual. Pior: querem nos fazer crer que, como os bichos, os homens são incapazes de controlar o suposto instinto - mas nem por isso, é claro, autorizam-nos a tratá-los como animais. E neste ponto estamos de acordo: não será concedida aos agressores a indulgência da irracionalidade. Nós os trataremos como adultos capazes de assumir a responsabilidade por escolher cometer um estupro.


Por quê então os homens estupram tão mais do que as mulheres? Se a resposta não está na natureza, somos forçados a buscá-la na cultura. E aqui chegamos à expressão que faz tanta gente correr desse assunto, e que nos obriga a reconhecer que estamos sendo coniventes com um cenário que não poderia levar a outra coisa senão a 40.899 estupros reportados por ano. Esses estupros continuarão acontecendo enquanto não pudermos reconhecer e discutir com responsabilidade esse quadro que só tem um nome: cultura do estupro. 


A temida expressão foi cunhada pelo movimento feminista na década de 70, e designa o conjunto de crenças que normaliza a violência contra a mulher, criando um cenário em que os homens são encorajados a agredirem e as mulheres são culpabilizadas pelos abusos sexuais sofridos. Não, não é coisa do mundo do Papai Noel ou dos unicórnios: a cultura do estupro é tão real quanto o Heberson e as quatro mulheres que conheci. Quando vamos começar a ouvir seus gritos? Já não é hora de começar a pensar como estamos educando nossos homens? Até quando vamos tolerar homens públicos fazendo apologia à violência sofrida por essas quatro mulheres, por Herberson e por mais tanta gente? 

Só o olhar crítico pode nos redimir. Quem se omite e nega a cultura do estupro se torna cúmplice dos agressores de Heberson, das quatro mulheres e de tantas outras. Para fazer parte desta trama sórdida não é preciso ser publicitário, trabalhar no programa do Luciano Huck ou vazar um vídeo privado na internet. Basta fazer nada.


Basta fazer nada diante de propagandas como essa, que colocam a mulher como objeto a serviço do prazer masculino. Reduzidas a "coisas", as mulheres das propagandas de cerveja não tem desejo, não são sujeito. Tal como a garota que foi estuprada 3 vezes, elas não têm voz. Quantas vezes na vida de um adolescente de 15 anos esse tipo de imagem - e esse tipo de ideia - já não foi repetida? 


Durante as tardes de domingo, desde 1989, Fausto Silva pronuncia todo tipo de baboseira enquanto cerca de 20 mulheres com pouca roupa adornam o cenário do programa da família brasileira. Vou repetir: há 26 anos somos coniventes com um programa que usa mulheres como enfeite, como decoração, tal qual eu faço com o vaso da minha sala. Nas tardes de sábado, o privilégio é do apresentador Luciano Huck, que diz que quer ser presidente do Brasil. O que estão registrando as crianças que assistem a esses programas?


Mas a cultura do estupro não é privilégio dos programas populares. Aqui a poderosa Dolce & Gabbana ajuda a desconstruir - é preciso fazer esse trabalho sempre - o mito de que estupro está relacionado à pobreza. Vejam, garotos, é assim que se trata uma mulher. É assim que elas gostam. Na verdade, vocês sabem, elas estão pedindo. Pretas ou brancas, ricas ou pobres, vocês sabem o que elas querem.

A baixaria da grife encontra sua versão menos glamourosa no RedTube, o site pornô que mostra pra quem quiser ver como é que se come uma mulher. Eu já trabalhei com adolescentes e afirmo: é ali que eles aprendem o que é sexo. E ali eles aprendem que sexo envolve mulheres sentindo dor, como sentiu a mulher que abortou o feto que seu agressor plantou-lhe no ventre. Sexo, eles aprendem, envolve puxar pelo cabelo e "mostrar pra ela", envolve enfiar o pênis na garganta mesmo que ela esteja engasgada e lacrimejando. Aula de misoginia pra Mike Tyson nenhum botar defeito. De graça, disponível no smartphone mais perto de você - e do seu filho.

Quando os meninos viram homenzinhos, vão com seus pais ao salão do automóvel, onde a Ferrari vai corroborar a tese da Dolce & Gabbana de que yes, os ricos temos cultura do estupro!. Mesmo que os rapazes jamais possam ter aquele carrão, com sorte eles poderão ter o avião pousado sobre o capô. O que estamos dizendo quando colocamos uma mulher seminua para vender um carro? Bem, todo mundo sabe que mulher vende. Quanto menos roupa, mais dinheiro. E dinheiro - sabemos - é o que realmente importa. Foda-se se eu estou contribuindo para ensinar meninos que mulheres estão aí pra que a gente possa apreciar seus peitos e bundas. É assim que a banda toca, Letícia! Está faltando água no Brasil inteiro, por que é que eu é que tenho que fechar a torneira?

Mas e nós? O que a cultura do estupro está ensinando às mulheres? Nós estamos aprendendo a sentir vergonha da nossa própria nudez, exceto quando ela está a serviço do prazer masculino - nas revistas, na TV, na pornografia. Estamos aprendendo que se nossos maridos querem sexo, nós devemos isso a eles, porque nossos desejos são menos importantes do que os desejos deles. Estamos aprendendo que homens são "assim mesmo", e que temos que nos policiar para não atiçar o desejo adormecido e incontrolável de um estuprador. Estamos aprendendo que a culpa é nossa, que cabe às mulheres não ser estuprada, e não aos homens não estuprar. Estamos aprendendo a chamar a coleguinha de escola de vagabunda por causa da roupa que ela escolheu, e que aprendemos que ela não tem o direito de escolher. Nós estamos aprendendo que nossos corpos não nos pertencem. 


E aí? O que fazer diante de tudo isso?


Não é fácil, mas é possível virar esse jogo. Constatar que o problema é social é reconhecer que ele não está escrito em pedra - e tem muita gente trabalhando pra escrever outra história. Sim, turma, depois desse palavreado todo é hora de respirar com alívio e descobrir que dá trabalho, mas dá pra fazer. A primeira coisa que você pode fazer é conversar com as pessoas sobre a cultura do estupro. É preciso que sejamos implacáveis. Por vezes seremos acusados de moralistas. Foda-se: isso não é nada perto da acusação de cumplicidade nos estupros de Heberson, das quatro mulheres que conheço e de tantas outras. Não existe outro jeito. Não há perspectiva de discussão sobre os direitos das mulheres em Brasília, como deixou claro o presidente da câmara Eduardo Cunha. A televisão não vai mudar. A publicidade não vai mudar. Não espontaneamente. Não sem que a gente perca o medo e comece a discutir a cultura do estupro na TV, nos jornais, nas redes sociais. Quando você vir, aponte. Pelo Heberson, pelas quatro mulheres que você conheceu nesse texto, e pelas milhares que estão esvaziadas por aí. Há muitos documentários e artigos sobre cultura do estupro. Pesquise, mostre aos seus amigos. Não tenha medo de ser chato. Tenha medo de que mais estupros aconteçam. 


Finalizo com o vídeo inspirador de Colin Stokes, que nos ensina como nosso olhar crítico pode ser transformador, sobretudo para as crianças. 






52 comentários:

  1. Olá, eu tenho uma séria dúvida.
    Adorei o texto, bem lúcido e bem explicado.
    Porém, não entendi o "mal" em puxar o cabelo e um deepthroat, práticas conhecidas e, até onde vai minha pequena experiência, adoradas por ambos os gêneros (claro que não é uma regra).
    Obrigado.

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    1. Caro Anônimo, que bom que gostou do texto. Volte sempre!

      Vamos à sua questão: não há problema algum em nenhuma prática sexual, desde que seja consensual. Ocorre que nossas escolhas, nossos gostos, não nascem por geração espontânea: são fruto de um combo que leva em conta nossa genética, nossas experiências, nossas mamães, nossa cultura, etc. Escolhi esses dois exemplos porque os considero emblemáticos de como a mulher é subjugada no sexo dos filmes pornôs - que transborda poderosamente para o da vida real. Não é que a prática em si seja um mal. Mas veja, de modo geral os homens manipulam as mulheres ao seu bel prazer. A posição muda quando o homem muda a mulher de lugar. O sexo acaba quando o homem ejacula. As atrizes fazem cara de dor o tempo todo. E por aí vai.

      Agora, se no quartinho há duas pessoas interessadas nesse tipo de prática, que sejam felizes. Meu negócio aqui é problematizar o aspecto macro da coisa, entende?

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    2. Hum, entendi, acho que entendi.
      No mais, só essa parte me incomodou mesmo, e não quebra o que é o texto: um claro exemplo de lucidez e simplicidade no trato de questões complexas e difíceis.
      Parabéns.
      Que a luta continue.

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    3. Desculpe-me a autora do texto, mas ele é confuso e chega a dar ares de censura ao sexo. Venho de um Brasil onde todos eram iguais, OU QUASE. Jamais haverá o ignorar gênero ou raça, ao menos para os que tem boa visão. Conhecer, saber, e ver o diferente é uma dádiva que a natureza nos concede. Se fosse doentio isto tudo então a natureza teria banido TODAS AS DIFERENÇAS existentes em todas as raças. Sem as diferenças os seres viventes já não mais existiriam. Nada pode ser generalizado, não podemos viver num mundo cheio de leis que nos regulamentem tudo. Se assim for todos passaremos a viver em um cárcere aberto e ainda mais a mercê dos políticos doentios e corruptos. Temos de lutar e por uma melhor EDUCAÇÃO FAMILIAR. Escola NÃO É LUGAR PRÓPRIO PARA O ENSINO DO CERTO E ERRADO MORAL, GENERALIZADO, salvo haver permanente fiscalização que impeça abusos didáticos. Se vivemos, cada dia mais, num mundo violento, não serão novos leis que o irão consertar, mas sim a execução dos milhares de leis já existentes e que nunca são cumpridas, pois só entendo como "lei cumprida", quando há um julgamento igual para todos os acusados, e sentença justa e rápida, realmente cumprida por todos os que forem condenados. Se o Brasil ainda não pode ser considerado um país é justo pela ausência do judiciário, retrógrado, corrompido, e inerte.

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  2. Quando criança sofri abuso do meu avô materno. Sempre me senti culpada até ler na web textos como esse que me fizeram refletir sobre o abuso de criança e outras situações na adolescência. A cultura do estupro é real e precisamos combatê-la sim! Hoje sou casada e tenho dois filhos e além de continuar a ter medo de ser estuprada na rua, temó pelos meus filhos sofrerem algum abuso e carregarem esse trauma na vida deles.

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    1. Você é uma guerreira! Muita luz, verdade e consciência para você!

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    2. Muita força pra você lutar contra isso, moça! Por motivos óbvios compreendo a experiência que você passou, mas da perspectiva que me cabe, mas ainda assim digo que não posso concebê-la completamente por não vivenciá-la do ponto de vista feminino, ainda que tenha sido abusado tanto por mulheres quanto por homens. Os homens eram da família e isso é o mais estarrecedor! Perceber que isso é quase que uma norma é extremamente doloroso e aviltante. Logo pode-se concluir que sim, homens são ESTUPRADORES por maioria esmagadora, e isso somente com o que é registrado!

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    3. Incrível, então devo ter amigos que são a minoria nessa regra. Nenhum deles tem ou teve queda para ao menos apoiar o estupro de quem quer que fosse. Sem radicalizar, dentre umas duas dúzias de evangélicos adultos, que eu conheço, infelizmente a maioria absoluta deles (uns 95%), aceita o estupro!!!

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  3. Parabéns pelo texto!! Maravilhoso! Sempre tive esse pensamento, mas forma como vc escreveu me deixa ainda mais claro como isso está enraizado na nossa sociedade atual. Mas é muito bom que pessoas como vc possam escrever e falar cada vez mais sobre esse assunto para que mais pessoas consigam ter essa consciência e mudar a visão que temos. Sobre as roupas, acho q seria maravilhoso poder me sentir a vontade com qualquer roupa que eu vista, mas é uma pena q isso não seja uma realidade por conta justamente do machismo tão presente na sociedade, mas isso eu tenho esperança que já está mudando e vai mudar ainda mais, quanto mais discutirmos sobre isso, mas essa cultura tende a diminuir.Uma outra coisa também me faz pensar muito... É muito bom q sejamos desejadas por alguém, mas também acredito que seja muito ainda por conta dessa própria cultura do machismo que muitas mulheres se vestem de forma muito provocante.. Penso isso porque acho que muitas de nós ainda acreditamos que o homem só vai olhar pra nós nesse sentido, no sentido sexual, que não temos mais a oferecer, por isso essa necessidade de colocar roupas provocantes, porque nós mesmas também estamos acreditando nisso. Obrigada! Muito obrigada pelo texto

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  4. As mulheres que estão nas publicidades, Faustão e Huck seminuas... Estão porque querem é ganham pra isso. Aliás, é o desejo de milhões estar nesse papel. Me pergunto então se nós não fomentados essa cultura do estupro aceitando o papel de objeto de desejo. Acho que seria bem interessante se as mulheres parassem não aceitassem mais esses papéis e aí sim teríamos uma grande reflexão da sociedade sobre isso.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Exato Cecília, existe essa cultura da exposição do corpo da mulher na mídia o tempo todo. É como essa propaganda da cerveja, a modelo está aceitando se expor dessa maneira e recebe por isso e isso também não deixa de ser um tipo de prostituição, a mulher se vende o tempo todo dessa forma machista.Eu acho que essa postura e entendimento das mulheres precisa mudar nas bases da educação e da cultura geral.

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    3. Então a culpa é das mulheres? Se vc acha isso não entendeu o que é cultura do estupro...

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    4. O corpo é da mulher e tambem acho que ela não deveria permitir que fosse usado para exibicionismo e aumentar vendas de objetos como se o corpo fosse um adorno e a mulher um objeto fútil. Isso não é o motivo pelo qual o corpo deveria ser estuprado, mas acredito que iniciaria uma nova cultura. A de não exploração do corpo feminino, mas isso precisa da permissão de cada mulher em dizer que não aceita ser objeto.

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  5. As mulheres que estão nas publicidades, Faustão e Huck seminuas... Estão porque querem é ganham pra isso. Aliás, é o desejo de milhões estar nesse papel. Me pergunto então se nós não fomentados essa cultura do estupro aceitando o papel de objeto de desejo. Acho que seria bem interessante se as mulheres parassem não aceitassem mais esses papéis e aí sim teríamos uma grande reflexão da sociedade sobre isso.

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  6. Essa visão de mulher enfeite sempre me incomodou. Nos anos 80 eu costumava assistir ao programa Fantástico. Quando inventaram o quadro "a garota do Fantástico", simplesmente deixei de ligar a TV nesse horário.

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  7. Eu sofri abuso do meu avô,(sou neta adotada)graças a deus não consumado eu tenho sonhos com ele até hoje
    Mas sonho reagindo xingando
    E gostaria de ter ele vivo para gritar na cara dele
    Maldito

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  8. Muito bom. Fico sempre incomodado com essas propagandas e todo tipo de desrespeito a que as mulheres dado submetidas. Sou homem e penso sempre nas pessoas independentes de sexo, raça, cor, opção sexual como seres humanos a quem valorizo pelo que são.

    Não pude deixar de lembrar Paulo Maluf que em uma declaração sobre um crime disse: "....se está com desejo sexual, estupra mas não mata! "

    Valores de berço que vem distorcidos e desapegados de qualquer "valor"!

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  9. Muito bom. Fico sempre incomodado com essas propagandas e todo tipo de desrespeito a que as mulheres dado submetidas. Sou homem e penso sempre nas pessoas independentes de sexo, raça, cor, opção sexual como seres humanos a quem valorizo pelo que são.

    Não pude deixar de lembrar Paulo Maluf que em uma declaração sobre um crime disse: "....se está com desejo sexual, estupra mas não mata! "

    Valores de berço que vem distorcidos e desapegados de qualquer "valor"!

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  10. O grande problema é que você em momento algum faz uma autocritica, e as falhas do feminismo radical atual. Quer dizer que sair em bando nas ruas mostrando os seios e intitular tal evento de marcha das vagabundas, numa clara referência ao direito de se comportar sexualmente como homens cafajestes (já que nem todo homem é ou pode ser um) e fazer uma inversão de valores, ou seja, homem pegador é cafajeste, já a mulher pegadora esta vivenciando sua liberdade, sério?

    Tem mais, é muito fácil para mulheres de classe média/alta propagarem o direito de usarem mini shortinho atolado, micro-mini-saia morando em bairros de classe média ou condomínios convivendo com homens de cultura civilizada em contraste com garotas que moram na favela e tem que lidar com todas as contradições que isto implica em suas vidas e ingenuamente se expõe ao perigo alimentadas pela cultura feminista que ao mesmo tempo que critica a exploração da sexualidade da mulher pelo capital financeiro defende tal exploração como comportamento libertário, qual a lógica disto? Uma garota que não teve acessa a educação de qualidade, vindo de uma família desestruturada , morando em um lugar hostil e submetida de um lado à apologia sexual do capital financeiro (indiretamente) e de outra à apologia sexista feministas (direta) que a indus que usar roupas curtas e/ou escrotas e desobedecer seu pai para ir ao baile funk as 2 da madrugada é combater o patriarcado e que não, 30 bandidos não lhe oferecerão perigo algum!

    O que tem a dizer sobre as várias mulheres (inclusive feministas) que defendem que o homem tem que ter PEGADA sim; puxar cabelo, uns tapinhas não doí, é garganta profunda mesmo...etc etc em total sintonia com os instrutivos vídeos do Redtube?

    Cultura do estupro é conversa fiada, porque você e as feministas não apresentam um projeto de Lei para colocar 50 anos de prisão em regime fechado para estupradores ou castração química? Não, você querem é criar conflito com outros grupos, enquanto isto a classe dominante assiste rindo do trabalho sujo que você fazem contra sua própria raça. Não atoa várias feministas sérias no mundo abandonaram o feminismo radical, pois com certeza este é comando por homens nas sombras.

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    1. A cultura do estupro existe nesse seu próprio discurso! Apesar de toda a conversa vc ainda tenta culpabilizar a vítima!
      Contradições dentro do feminismo, liberdade sexual, objetificação da mulher, propaganda, capitalismo....
      Pq não apresentamos um projeto de lei? Porque vc tem um presidente recebendo estupradores de braços abertos, vc tem congressistas (homens) dizendo que as mulheres tem que sim serem estupradas!
      Precisamos do feminismo, precisamos das mulheres sendo representadas por elas, porque a maioria dos homens ainda pensa como você e tenta colocar-nos de vítima!
      Sim eu uso shorts curtos e vou a um baile funk então estou pedindo não é mesmo?
      Essa é a cultura do estupro que precisamos combater, não é conversa fiada, ela está aí, na política e na cultura de massa, e precisamos do feminismo para combatê-la.

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    2. Porque combater a cultura do estupro não é favorecer leis mais severas a quem comete o crime. É impedir o ato !!!!!!!
      E precisamos do feminismo para isso, pois a maioria dos homens continua com um discurso como o seu, que tenta culpabilizar a vítima =/
      Falar sobre a cultura do estupro não é conversa fiada, é esclarecer que esse discurso está sub-existindo em nossa cultura, no modo como os homens encaram as mulheres como "produtos" disponíveis para o seu prazer.
      Ele também sub-existe no modo como ensinamos a valorizar as mulheres hoje em dia, muito mais de acordo com seus corpos (beleza/magreza/sexualidade) do que a partir de outros valores/características.

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    3. Você não refutou nenhum dos pontos que estabeleci, apenas divagou com ataques a esmo e repetido as mesmas falácias sem embasamentos concretos.

      1 - O que tem a dizer das mulheres (9 em cada 10) que estão na balada e exigem: homem tem que ter PEGADA, traduza-se: puxar cabelo, sexo selvagem... uns tapas para deixar vermelhão na pele, e sim, o tutorial esta no Redtube que o artigo exemplifica.

      2 - Uma garota que foi desprovida de educação de qualidade, de um ambiente familiar saudável e que cresce sob a influência maligna da mídia sexista, o que recebe das feminista? A ideologia que explorar sua sexualidade sem critérios (de forma libertina) lhe dará poder, que provocar lhe dará poder; mentira, vivendo num ambiente hostil o que ela receberá é uma gravidez na adolescência, DSTs, violência, estupro por parte de seus próprios parceiros (o caso da garota e os 30 bandidos) e terá sua vida destruída antes de chegar à maioridade.

      3 - Não venham criticar o governo por isto, ele tem falhas piores, neste quesito ainda não dá para saber como será. Eu que votei no PT sou contra o posicionamento do partido que tem sim a CULTURA de defender o bandido, e de sexualizar as crianças com esta maldita política de gênero, menor de 16 não tem que ser estimulado a estas questões sexuais e sim aprender português, matemática e etc.

      Meu discurso é de defesa do ser humano em geral, principalmente dos mais oprimidos, vendo o Facebook da garota vítima dos 30 bandidos percebe-se o quanto ela foi sexualizada pela mídia e pela propaganda feminista que diz: vai lá e seja uma vagabunda mesmo, transe muito com todos, use shortinho curto e provoque estes bandidos e depois nós (feministas) usaremos sua tragédia em nossa causa e culparemos todos os homens; estas feministas de classe média/alta que nunca passaram dificuldade e estudam em ótimos colégios particulares onde estas políticas de gênero e feministas são barradas pelo poder do dinheiro e nem convivem no meio de criminosos o que reduz em 90% a chance destas serem vítima de ataques deste nível. Quantas garotas de classe média/alta são vitimas de estupro? Na maioria são garotas de classes baixas, meninas sem preparo, sem curso superior, sem família com poder para protegê-las, sem escolas particulares etc.

      Vocês não querem Leis mais duras porque o grupo que apoia vocês é tão corrupto quanto os criminosos que matam com as próprias mãos, preferem ficar com esta utopia de que o mal não pode existir no mundo, ora, o mal sempre existiu faz parte da corrupção do gênero humano e a única solução é combate-lo com Leis duras o resto é conversa fiada.

      Vocês feministas sujas junto com os 30 bandidos destruíram a vida daquela ingênua garota e um dia pagarão por isto.

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    4. Sobre o ministro do Michel Temer receber o Frota até tempos atrás ele era defendido por grupos de gênero e virava queridinho das feministas como Marília Gabriela por ter feito filme porno gay, agora que o malandro (isto que ele é) percebeu que a onda virou para a direita radical e debandou para o outro lado você quer usá-lo para se isentar.

      E tem mais o Jean Willys que já é repudiado por feministas SÉRIAS defende que pedofilia deve ser legalizada usando eufemismos para enganar os leigos, e aí? Ao mesmo tempo que eles apoiam o feminismo (pois é de interesse político) eles também defende os criminosos e são contra Leis mais duras, justamente por isto você foge da questão, pois sabe que seu grupo é contra Leis mais duras e o dinheiro que estes grupos recebem é para defender o que esta na agenda globalista imposta pela ONU aos países de terceiro mundo, principalmente, como forma de desestruturar culturalmente a sociedade levando o país ao caos, talvez até uma guerra cultural culminando com uma não descartada futura guerra civil de fato e os capitalistas enquanto isto exploram tudo o que querem. Vocês só tem olhas para seus próprios umbigos, não estudam dentro de qual prisma seu grupinho egoísta esta inserido e a quem ele serve de fato, não é aos oprimidos.

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    5. Entre as abobrinhas do Pompeu Teles eu só queria destacar a que achei mais engraçada: "em bairros de classe média ou condomínios convivendo com homens de cultura civilizada". AAAHUAHUA... O sujeito está só uns 58 anos atrasado, desde quando, em 1958, a Aída Curi foi jogada do alto de um prédio em Copacabana, pelo menos. Vivo em bairro de classe média e sei bem da civilidade dos meus vizinhos. Tão cheios de civilidade e preconceitos de classe quanto o Dr. Pompeu.

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    6. Terencio de Oliveira você citou UM caso (e foi buscar lá na década de 50), cite pelo menos um caso de uma garota de classe média/alta vitima de estupro em 2015, estou esperando... eu posso enumerar 100 casos de estupros ocorridos apenas em 2015 (registrados pelo mídia e pelos boletins de ocorrência da polícia) nas periferias brasileiras seu desinformado/desonesto! Quem esta falando abobrinha mesmo?

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    7. O homem brasileiro seja de que classe social pertence são culturalmente semelhantes. Bobagem distinguir homens da classe média como mais civilizados quando na verdade são mais burros, arrogantes e sequer maturidade possuem devido a anos protegidos pelo patriarca: incapazes de caminharem sozinhos. Escolarização não significa capacidade cognitiva apurada, não significa capacidade crítica perfeita. No brasil escolarização esta atrelada a capacidade financeira, por isso, comum encontrarmos aquela pessoa muito inteligente que sequer concluiu estudos e por outro lado encontrar um aluno de engenharia da Poli USP incapaz de refletir até mesmo sobre um simples filme, texto, propaganda... Os bitolados, como uns chamam...

      O problema da cultura de estupro não pertence a classe social mais pobre, como tenta passar. Isso é puro preconceito - típico da classe média, diga-se de passagem. Quando digo classe, refiro-me ao que há de mais notório em suas característica e não me refiro a individuos, pois seis que há muita pessoa boa seja de que classe social for.

      Quanto a cultura do estupro, sendo ela estrutural e inerente a cultura brasileira, não é difícil deduzir que ela atinja não só homens quanto a mulheres também. Mulheres poderão defender ideia de que a culpa é da mulher pois, "se tivesse ficado em casa nada teria acontecido", ou "quem mandou andar com aquelas roupas", ou "quem mandou andar com marginais", ou "homem é assim mesmo, é o papel dele fazer essas coisas". Já vi mulheres defenderem a ideia do "Bela, recatada e do lar". Agora só porque algumas mulheres defendem essas coisas significa que não há cultura do estupro? OU, pelo contrário, vem comprovar que há sim essa cultura, que é estrutural, enraizada profundamente no que entendemos ser brasileiros. E se assim estar e se faz mal, uma vez identificado deve ser sim combatida.

      Quando feministas fazem protestos com peito de fora ou coisa semelhante é mais para quebrar tabu de que mulheres não podem ter certos comportamentos e que seu lugar estar delimitado na sociedade. Não tem nada a ver com apoiar a cultura de bundas e seios amostra posto como algo para alegrar homens.

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    8. Nós mulheres devemos ser respeitadas como seres humanos e não tratadas como objeto sexual seja pela mídia ou pela cultura como um todo. Porém o que não pode ser esquecido é que existem pessoas (homens haha) psicopatas pela rua assim como existem ladrões e assassinos. As pessoas que fazem isso não são uma classe diferente, são criminosos e por isso temos de nos cuidar sim! Assim como uma pessoa que vai ao banco não sai mostrando o dinheiro na rua para tentar evitar um roubo, devemos, além de buscar uma cultura contra o estupro dentro de nossas casas e na sociedade ao nosso redor, nos cuidar na rua para evitarmos este tipo de crime. O culpado pelo estupro é sempre o estuprador e nós devemos nos proteger deste criminoso como nos protegemos de um assassino. Jamais a sociedade irá se livrar por completo destas aberrações infelizmente, e sinceramente com essa cultura de músicas sobre sexo explicitas em todo canto estamos bem longe de podermos andar na rua sozinhas a noite respirando aliviadas por haver reduzido ao menos 80% do número de casos anuais. Vamos concentrar nossas forças em mostrar ao mundo que eles estão errados e devemos puni-los seriamente, independente da roupa, idade ou local em que a vítima se encontrava e não em ficar dizendo nas redes que todos os homens são iguais e que devíamos andar peladas sem recebermos qualquer olhar pela rua.

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    9. Este comentário foi removido pelo autor.

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    10. Pompeu, achei engraçado como você fala sobre falta de refutamento quando seu texto não apresenta UM dado com fonte sequer. (9/10 mulheres querem pegada) quem disse isso? você? fez um levantamento? Eu acho que não. Falando sobre o feminismo sem qualquer embasamento, baseado em meras opiniões próprias. Por favor.

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    11. Daniel, você sabe fazer pesquisa? O google esta ai para isto. Esta desculpa esfarrapada para fugir dos fatos é coisa de quem não se envergonha de se fingir de retardado. Vou te ensinar a usar o Google:

      1. Digita: garotas estupradas ou mulher é vitima de estupro ou ainda adolescente é estuprada. Nos vários resultados que aparecerão de sites jornalísticos entre e leia a matéria, geralmente já existem ali informações que mostram de que classe social a garota é; caso não tenha, jogue o nome da garota (quando maior de idade tem o nome) no Google e encontre o Facebook e veja pelas fotos e informações que geralmente contém a cidade e outros dados que também já fica claro de qual classe social ela pertence.

      2. Se tiver capacidade para ler algo com fontes mais robustas (fontes que você pediu, seu acéfalo) entre no "Google Acadêmico" e lá digite: estupro. Vários trabalhos acadêmicos estarão à sua disposição demonstrado o que eu disse, ou seja, mais de 90% dos crimes de estupro acontecem nas classe média e baixas e raramente este tipo de crime ocorre na classe média ALTA ou classe rica.

      Agora se depois disto você ainda vier questionar o que eu disse, eu posso apenas para te humilhar, pegar os links de algumas fontes e postar aqui para todos verem como você é um mal caráter ou um semi analfabeto que não consegue sequer fazer uma simples pesquisa na internet. Mas, para isto exijo que você poste um comentário dizendo que não conseguiu fazer a simples pesquisa ou apresentado os dados que encontrou que refutem meus argumentos, combinado?

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    12. Sobre a pegada, não existe fontes acadêmicas, pois trata-se de um tema que não é de interesse investigativo e sim algo relacionado as novas culturas disseminadas entre jovens e circuitos destinados a diversão noturna, onde se baseia minha ideia e no fato de que é possível encontrar mesmo na internet vários sites e blogs de mulheres (FEMINISTAS, inclusive) defendendo a pegada e nos comentários 99% das mulheres apoiam tal ideia, ou seja, trata-se de um consenso. Não vi até hoje nenhum blog ou site defendendo a: "não pegada", e é claramente explicado pelas mulheres que defende a pegada do que ela se trata. O comentário acima foi para trabalhar com um tema mais relevante, mas você preferiu tocar no assunto pegada, pois não existem trabalhos acadêmicos sobre o tema, pelo menos ainda não vi.

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    13. estas feministas distorcem tudo, o pompeu tocou mesmo na ferida, ele disse classe média alta, há sim uma diferença entres classes os dados estatísticos de onde e como ocorrem estes crimes não deixa margem para dúvidas. A classe média burguesa esta realmente contaminada e falida, na média alta realmente o nível cultural é melhor.
      Até parece que mostrar os peitos é uma grande forma de quebrar tabus, feministas de verdade perderam suas vidas lutando por uma forma de emancipação decente no passado, não estas feministas de hoje que defende funk, suruba com 50 homens, anal giratório com cafajestes, playboys e bandidos, estas feministas de hoje só querem saber de beber, fumar e dá para os homens mais degradantes da sociedade, de defender liberação de drogas, abortos para as suas vidas desregradas. na hora de rachar a conta do restaurante e do motel não são feministas, na hora de trocar o pneu do carro pedem ajuda a algum homem, emprego só querem os bons, ajudante de pedreiro, motorista de caminhão, vigia noturno, metalúrgico não querem, só querem se for advogada, médica, secretária caso contrário se lançam na prostituição, estou falando de um determinado grupo de mulheres, as feministas de hoje e não das recatadas, bonitas e do lar a estas últimas o nosso respeito sempre.

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    14. Anonimo imediatamente acima, não seja patético. Carater não esta atrelada a classes sociais. Só na sua cabeça de moleque fanático por Xvideo que essas coisas se dão desse jeito. Quando vc virar homenzinho e parar de usar o dinheiro da mesada do papai para pagar a conta do motel, então volte aqui para opinar sobre alguma coisa sem seu preconceito de classe e sem seu machismo enrustido.

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    15. Caro Pompeu, você é tão preconceituoso que esqueceu de ir na base do problema. E como gosta de enumerar, vou fazer o mesmo para você:
      1 - Quanto mais ricas são as pessoas, melhor a classe social e nível cultural, maior a tendência de esconderem seus escândalos familiares, suas situações constrangedoras. Gente rica não manda filha pra delegacia para ser exposta como estuprada, não deixa a filha ter a vida esmiuçada por gente como você que gosta de conferir no facebook se a vítima de estupro é uma "vadia". Gente rica abafa toda e qualquer situação constrangedora que puder. Você não vai ver rotineiramente no noticiário a exposição de mulheres de classe alta estupradas porque a classe alta sabe muito bem como evitar tal exposição.
      2 - Pessoas de classes sociais mais altas vivem em áreas notavelmente mais seguras, tem seus próprios carros, não andam de ônibus, atravessam becos escuros indo trabalhar às 05:00 da matina. Isso diminui o risco da mulher ser exposta à situação de estupro. Não é porque o cara de classe média não estupre, ele apenas não encontra tão facilmente suas vítimas como é possível encontrar num bairro mais pobre. Então ele vai para uma casa noturna cheia, enche uma mina de álcool e drogas, depois leva pro motel, estupra e ela nunca vai dar queixa porque sabe que gente como você vai dizer que ela queria, que saiu de saia curta pra balada e bebeu por escolha própria. E quanto mais rica e estudada ela for, menor a chance dela se expor dessa maneira que só traz julgamentos para a vítima. Se duvida, use o grande mestre google para descobrir como é comum universitárias estupradas que não prestam queixa. Estupradas, inclusive, por seus professores de faculdade. E mais, mestrandas, doutorandas, pesquisadoras professoras de ensino superior. Gente de alto nível intelectual abusadas sexualmente sem prestar queixa pois sabem que serão responsabilizadas pelo ocorrido.

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    16. 3 - As mulheres marcham como vadias, expõe seus seios porque querem demonstrar o direito a não serem julgadas. O feminismo não prega que todo homem deve ser um cavalheiro assexuado. O feminismo prega que o homem não tem direito a se enfiar num bordel para ter sexo e depois chegar em casa e agredir moralmente sua esposa porque ela saiu sem ele, ou proibir uma filha de usar uma roupa porque está se expondo demais. Os homens, com raríssimas exceções, querem suas esposas como santas e obedientes, mas querem também o direito de buscar fora do lar por suas "vadias". O feminismo vem para dizer que a esposa dentro de casa, a namorada, pode ser o que quiser. Pode ser a santa, obediente, castrada por um cuzão que não sabe o que é um clitóris, ela tem esse direito, desde que tenha noção que essa é uma opção, não a única opção. Ou pode ser a vadia. Ou pode ser um meio termo, que vive seu desejo sexual, sua liberdade de ir, vir, vestir e fazer, mas reconhece a necessidade de investir numa relação séria e ser fiel pelo companheiro, casar, ter filhos e família sem perder a identidade. Toda mulher tem o direito de ser o que bem quiser, assim como o homem pode ser um canalha ou não. Mas se for canalha, ele vai ter que entender que mulher nenhuma é obrigada a aceitar isso. Assim como você não é obrigado a aceitar o comportamento que te desagrada numa mulher. Mas, segundo o que defendemos, você não vai poder moldá-la a seu gosto. Se não gosta, não tem que julgar, agredir, condenar. Se não gosta da mulher como ela é, cai fora. Simples assim.
      4 - Você acha que mulher quer o cara com atitude? CORRETO. Corretíssimo. Adoramos caras de atitude. Acontece que atitude nunca foi puxar o cabelo, dar uns tapas, agarrar à força. Atitude é ser homem pra encarar uma mulher e conquistar com um bom papo, com educação. É abrir a porta do carro, é ser gentil. É respeitar que cada uma tem seu tempo para ser tocada, para ir para a cama. E aí, depois, quando a coisa estiver num nível sexual, que houver confiança para isso, aí sim, pode puxar cabelo, dar tapa, agarrar a força na porta de casa para quebrar a monotonia, para mostrar que tem paixão. E, claro, se a mulher quiser e curtir isso. Agora você diz que o feminismo não quer homens pegadores... Não queremos esses cavalos que desconhecem as mulheres, que não querem escutá-las, que machucam seus clitóris e não tem noção do que é um orgasmo feminino, ou do que é se sentir ameaçada, do que é ser mulher. Não consigo entender porque é tão difícil para pessoas como você entenderem porque é importante para nós ter nossa liberdade de expressão, liberdade sexual ou, simplesmente, de vestir a roupa que quisermos sem sermos acusadas disso ou daquilo. Está errado querer sair de casa para ir ao baile funk porque é inseguro? É inseguro porque há homens lá fora que pensam como você. Que pobre e sem cultura que estupra, que feminista quer é fazer confusão. Que era mais fácil ficar em casa, assim não haveria o estupro. Você está equivocado e se é tao capaz de entender, guarde pra você sua opinião, pois ninguém nunca tocou nos seus seios sem você querer numa reunião de família, ou tentou enfiar o dedo na sua vagina com seus pais no cômodo ao lado. E ninguém nunca te mandou deixar essas coisas para lá porque ninguém ia levar a sério quando você era só uma criança assustada e agredida por alguém de dentro da família. O estupro está dentro de casa, acontece com todas as mulheres, de todas as idades, de todas as classes sociais. O estupro vai estar no ambiente de trabalho, no caminho de casa, na balada. A resposta não é ficar em casa de burca, é gritar contra isso, gritar o mais alto que for possível e enquanto houver movimento que defenda esse grito, teremos menos mulheres se calando perante o abuso que você desconhece. E quando a gente desconhece uma coisa tão séria, o google não resolve.

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    17. Pompeu, eu sou de classe média e tenho mais amigas que foram estupradas do que gostaria. Nenhum de shortinho ou dançando funk. Você está cheio de falácias e está cego para a realidade. Deve ser fácil para você mesmo, sendo homem. Se não for parar na cadeia para " virar mulherzinha" (= estupro, não é estranho isso?), Não tem por que se preocupar. Feminino não quer "inverter" papéis para mulheres agir igual homem. Apenas quer o direito de que podemos ser vadias e não ser estuprada por isso. Ser vadia não dá direito a ninguém a estuprar

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    18. Pompeu, estudei em colegios particulares, graduei na federal e sou pós graduada e empresaria. Sou muito bem casada ha mais de dez anos e temos duas filhas pequenas. Ou, nas suas palavras, nunca passei dificuldades na vida. Ano passado fui levar minha caçula para meu avô conhecer e fui abusada sexualmente por ele. Meu pai me fez ficar quieta pois o "o velho esta p morrer".
      Minha amiga de infancia, colega de escolas particulares, graduada em federal e doutoura em federal, concursada pelo IFES, ou nas suas palavras nunca passou trabalho na vida, foi estuprada pelo namorado.
      Outra amiga de adolescência, publicitária, etc, ou nas suas palavras nunca passou trabalho na vida, foi estuprada pelo namorado e ridicularizada por isso pela própria mãe.
      Sabem pq nem denunciamos e entramos p estatísticas? Pq diferente de quem "passa trabalho na vida", nós temos MEDO PQ TEMOS MUITO A PERDER.
      Os poucos da minha grande familia c patriarca advogado q souberam da minha história me trataram como louca, mentirosa e me culparam pelo q aconteceu, exceto meus pais e meu esposo.
      Não sou "feminaze"; sou feminista pq minhas filhas merecem ser mulheres em um mundo melhor, independentemente se tiverem ou não a vida ganha, independentemente se tiverem pouco ou muito a perder.
      E sim, tb escancaro em meus posts qdo homens são injustiçados, pq essa é a essência do movimento: direitos e deveres iguais.

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    19. A anon das 20:37

      Veja bem, vc ser feminista não muda nada nos casos que citou, o feminismo que vc diz acreditar foi tomado de assalto e as verdadeiras feministas atuais o repudiam. Como já foi citado por mim, se vc acredita em um movimento que questiona o sexismo mas, o legitima quando saem nas ruas mostrando os seios, com palavras de desordem como: assumir a putaria e a vadiagem sexual como algo normal, que defendem que a mulher imite os cafajestes que elas mesmas criticam (lunáticas?) e saiam dando como chuchu na rama e depois queiram uma Lei para assassinar uma vida inocente através do aborto, que se associam a outros movimentos de cunho duvidoso como GLBT, liberação de drogas e etc, bom, se vc acredite nisto então envie suas filhas para a marcha das vadias e colha o resultados.

      Quanto aos casos que citou, o feminismo não prega o fim do jogo das aparências, que é um dos fatores que motiva a classe média a agir escondendo seus podres. Se vc vive numa subclasse que se acha fina mas, vive das migalhas que caem da mesa da verdadeira classe dominante que do topo da pirâmide financia estes grupinhos que vc acha a salvação da pátria; vai estudar entes de ficar citando diplomas como se eles fosse um título de caráter ou nobreza, sua classe não é nobre, é apenas um grupo de pretensiosos que não consegue se livrar de seus vícios. Conheço casos como estes que vc citou na minha própria cidade, eles não saem nas estatísticas oficiais mas estão na boca pequena do próprio meio social no qual vc vive.

      Ainda assim, meu comentário foi focado em casos de estupro envolvendo desconhecidos, parece que vc tem problemas de interpretação, eu cito várias vezes que as garotas de bairros periféricos e favelas vivem em um ambiente hostil que as desorientam psicologicamente e moralmente, as jogando inconscientemente na prostituição “consensual” ou seja, um estupro de sua condição de ser humano que foi abandonada pelo Estado.


      Os estupros dentro do ambiente familiar creio eu ser comum na classe média, como vc mesma diz, mas eu falo das garotas que são vítimas de desconhecidos e não possuem condições para lutar por justiça e ainda são subjugadas pela lei e pela sociedade, estas sim são majoritariamente de classes baixas ou pobres. Quanto aos problemas da classe média, se com todos estes diplomas (como se isto significasse algo, vc não faz parte da nobreza por ter um pedaço de papel escrito “superior”) que vc citou e esta vida boa que vc diz levar, não teve coragem para enfrentar que te agrediu e lutar por justiça com medo de perder estas migalhas que vc acha que é luxo, vc é tão repugnante quando este movimento de fachada que atenda aos interesses do grande capital (vai estudar geopolítica) e espero que todos os dias quando se olhar no espelho se lembre de todas as mulheres que sem medo de perder o que vc tem enfrentaram tudo e a todos para fazer justiça para si ou para aqueles a quem amam, e saiba que vc merece mesmo é esta na marcha das vadias para expurgar sua culpa por seu uma derrotada e ajudar a deixar este mundo um lugar ainda pior.

      “estudei em colegios particulares, graduei na federal e sou pós graduada e empresaria.” Qual o valor disto tudo se não lhe serve para lutar por justiça? Critica a sociedade mas, tem medo do que ela pensa de vc? Vc ainda acha que é alguém? Consegue ver algo quando se olha no espelho? Acha que seu marido é um homem? Depois de refletir sobre isto pode abrir sua metralhadora contra mim... e prove tudo o que eu disse.

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    20. Quanto a Georgia Baronio, imagino que alguns parágrafos da minha resposta à anon das 20:37 respondam seu questionamento. Se vc quer ser vadia o problema é seu, até onde eu saiba nem toda mulher vitima de estupro era vadia.A minha dúvida é: suas amigas foram vitimas de pessoas conhecidas do meio social delas ou desconhecidos. Touché!

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  11. Artigos 28, 65 e 121 do Código Penal Brasileiro sempre me intrigaram. Só comentando, en passant.
    Sou um cara que foi sexualmente agredido por minha avó materna. Por anos. Às vezes, uma das filhas dela, minha tia, acompanhava o evento. Rindo, brincando. O filho dela também passava por isso.
    Por uma série de circunstâncias, minha existência na família mudou tanto a situação de todo mundo que eu era menosprezado regularmente. Então, em vez de minha educação ser simplesmente uma longa ode ao uso irrestrito do meu piru por toda minha vida adulta, o que por si só me tornaria um homem respeitado perante toda comunidade, no meu caso eu fui muito ridicularizado.
    Entre um abuso e outro, minha minhoquinha não serviria pra nada. Minha voz não engrossaria. Eu era enjeitado. Era mal desenvolvido. Inadequado. Nunca seria normal. Ainda bem que meu pai me deu logo um nome cretino desses, pra ninguém querer aprender.
    Levei muito tempo pra me pôr numa situação de relativa estabilidade. Tenho 41 anos e ainda tenho que acertar muita coisa comigo mesmo. Mas encontrei uma família que me ama, assim mesmo. Dois outros filhos dessa senhora, cometeram os típicos suicídios que os homens costumam cometer e ninguém entende, porque afinal estavam apenas fazendo as coisas de homem: bebendo, fumando e comendo porcaria mesmo depois das safenas, do diabetes, da obesidade.
    Acho que vivemos um mundo de malucos, quando alguns bancos da condução são de cor diferenciada. Eu na verdade preferia brigar por um conforto comum a todos, eu com meus esporões, meu ligamento rompido e apnéia. Mas não seria minha função de homem branco, já cheio de privilégios, falocêntrico, ficar calado e de pé para a obrigatória gentileza?
    Já que com certeza eu sou um estuprador, já que com certeza a vida pra mim não tem dificuldade nenhuma, já que na cabeça dos outros eu pertenço a todas as panelinhas porque simplesmente tenho o perfil (quando na verdade não arrumo emprego nunca, já que 'não tenho o perfil'), porque não ser exatamente eu a ceder o espaço, ceder o microfone, ceder a compreensão?
    Sou eu que tenho de entender. Então, expliquem. Pode ser que se eu ficar sem fazer nada, eu vá pra rua estuprar alguém.

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    1. Sinto muitíssimo...eu abriria a boca, e acabava com elas!!

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  12. Perfeito, mas só um adendo. Esta uso da mulher na tv não começou em 89. A família brasileira está acostumada a ver bunda de mulher no domingo desde o programa deste escroto que foi o CHACRINHA. Na época, conta a mane de uma amiga, ele não conseguiu moças de família para fazerem o papel, por isso contratou prostitutas, como a Rita Cadilla. D

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  13. O interessante é que quanto mais discutimos sobre o assunto, mais vemos pessoas inseridas em tal cultura, mas que não se percebem como perpetuadores da violência.
    Vejo que um internauta postou vários argumentos sobre feminismo, ideologia de gênero, política, pedofilia etc. E o que digo é o seguinte: a discussão neste momento, não é sobre o feminismo. Não é sobre a pedofilia. Não é sobre política. É sobre cultura do estupro, onde vejo que você está totalmente inserido: afundado em idéias e argumentações que joga culpa nas vítimas e nas mulheres que “ainda não foram” vítimas.
    Veja: há uma enorme diferença entre ser “pegadora” e ser vítima de estupro. Na primeira hipótese há a escolha da pessoa, há o sexo consensual. Há a vontade da mulher de ter a relação sexual. No segundo caso, a vítima não escolhe mas é "escolhida" pelo algoz. É forçada a algo que não quis, a algo que não desejou.
    Querido, violência não acontece só na periferia, no baile funk, no bar. Não acontece somente com quem usa roupa curta ou com quem teve filhos na adolescência antes de casar. Não acontece só de madrugada e fora de casa. Conheço vários casos de estupro cometidos por “pessoas de bem” com mulheres que era de “bem” até serem estupradas. Por que afinal, elas não eram tão “boas” assim, afinal deram oportunidade...
    Graças a Deus e a mim, fico feliz que meu filho é um ser humano com pensamentos totalmente divergentes do seu. Ele abomina a culpabilização da mulher pelo crime, os comentários de “machos” sobre o tipo de roupa das mulheres., não julga o caráter pela vestimenta mas pelos conceitos e valores éticos.
    Vejo que criei um homem de verdade que defende a verdade, a justiça, a igualdade entre os sexos, a liberdade, a tolerância. Fico feliz ao saber que a mulher que conquistar seu coração e ele o dela, terá um companheiro sensato, digno, que sabe respeitar seu corpo e suas idéias.
    Ele teve educação sexual na escola particular, no ensino fundamental. Isto não o sexualizou precocemente. Tenho uma filha que também recebeu educação sexual no mesmo período. Isto não a sexualizou precocemente. E só pra enfatizar, ela sequer pensar em namorar porque acha que não possui idade suficiente e nem maturidade. Sabe porque? Educação não sexualiza, não desvirtua. Somente prepara as crianças para serem adultos críticos e responsáveis. Que saberão discernir o momento adequado para terem suas experiências. Porém o que me amedronta, é que meus filhos estarão preparados mas os seu filhos provavelmente não. Meus filhos correrão o risco de se relacionar com pessoas desprovidas de bom sendo e compaixão. Isto me amedronta.
    SIM...Algumas mulheres reproduzem alguns comportamentos que nos diminuem, que nos rebaixam, que nos humilham. Outras, reproduzem o pensamento de submissão e culpabilização.Mas entenda, meu caro, elas foram criadas num sistema patriarcal e machista. Sofremos uma lavagem cerebral desde quando nascemos. Ouvem, que só porque nasceram mulher, nasceram em desvantagem. Que o mundo é dos homens. Que somente moça de família (que lava, passa, é submissa, se veste com recato, que não sai sozinha, que cuida da casa, filhos e do marido, etc) merece ser feliz e respeitada. Ouvimos que a culpa da desgraça mundial é nossa, por temos saído de casa. Por queremos ser valorizadas. Então às vezes temos dois resultados extremos: a Recatada, do lar, machista e submissa ou a Libertária, feminista e provocadora. Qualquer extremismo é prejudicial, e vem notando que o equilíbrio e o centrismo tem se alastrado entre os seres femininos.

    Quanto as leis, só posso rir. Somente as mulheres podem legislar a seu favor? Os homens ricos e de bem não podem propor e aprovar os diplomas legais para tratamento do assunto? De novo, a culpa é da mulher por não existir uma justiça humana? E isso seria somente o curativo do machucado, não a prevenção da doença. E este é o ponto levantado no texto. Mobilização, conscientização, luta contra a cultura do estupro. A solução é: NÃO ESTUPRAR!

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    1. Seguindo seu raciocínio vamos falar para o assaltante que a solução é NÃO ASSALTAR.
      Para o ladrão que a solução é NÃO ROUBAR. E assim por diante. Vamos fechar as delegacias, pois não precisaremos mais de policia, fechar as empresas de segurança também. Parece que se sairmos todos repetindo mantras iguais ao que você propões como que por mágica todos os males do mundo acabarão. Para o sujeito que se acidenta e procura um médico falaremos, você não pode acidentar, a solução é NÃO ACIDENTAR e aí fecharemos os hospitais. Para as cidades com riscos de desastres naturais (furação ex.) ao invés de pedir à população para se refugiar para um lugar seguro diremos NÃO DESASTRES NATURAIS, abandonar o lugar por identificar os riscos é CULTURA DO DESASTRE certo? Que coisa heim!!

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    2. Como tem gente burra no mundo, puta que pariu!!!

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    3. É, anonimo, isso mesmo: não roubar, não matar, não estuprar e todo o resto que estiver ao alcance do ser humano de mudar seu próprio destino sem agredir outro ser humano.
      Seria maravilhoso, né?
      Parece utopia mas se cada um fizer sua parte vira realidade. Simples assim.

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  14. Sofri abuso sexual por dois anos, quando criança. Meu abusador era um amigo da família. Nos momentos de desespero, por não saber a quem pedir ajuda, eu rezava. E como a situação não terminava, para me dar algum alento, eu cheguei à conclusão, aos 10 anos de idade, que passar por aquele sofrimento me faria uma pessoa melhor. Eu era uma criança de classe média alta e minha família sempre foi protetora e muito presente. Mas aconteceu, e acontece com muitas meninas. Um dos aspectos mais bizarros do abuso sexual é a sensação de solidão e desamparo que ele impõe à gente... A dificuldade de falar sobre o assunto, de pedir ajuda, e a ideia sutilmente incutida pela sociedade nas meninas, de que temos que aguentar.

    Que texto maravilhoso, Letícia! Obrigada por isso e por promover uma boa discussão.

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  15. Aos dezenove anos percebi a diferença que sempre senti eu relação aos meus amigos, sou homossexual. E na noite de meu aniversário de vinte anos resolvi cancelar todas as comemorações, resolvi conhecer esse "mundo" do qual eu fazia parte de alguma forma. Descobri na minha cidade uma uma boate gay, bem discreta. Apos passar varias vezes na frente, criei coragem e entrei, tudo muito novo e logo um homem muito "normal" puxou conversa, um cara mais maduro, inteligente e agradável. A pessoa que vai me explicar e me ajudar a entender um pouco desse desconhecido que sou. Após uma conversa muito boa, convidou para ir até sua casa para conversarmos, olharmos um filme. Resisti de inicio, avisei que não rolaria nenhum tipo de contato sexual, tudo era muito novo e ainda não me sentia a vontade para isso, repeti várias vezes isso. Mas ele insistiu, explicou que queria me conhecer melhor e que não forçaria a barra para nada e que tudo aconteceria ao seu tempo e de forma natural. Mesmo com receios aceitei e fomos para seu apt. Ao chegar lá, a conversa mudou, lembro que até sua fisionomia e tom de voz mudou, não reconhecia a mesma pessoa que foram tão madura e agradável até então. Ao perceber que não rolaria nada sexual, amordaçou minha boca para os vizinhos não ouvirem, tirou toda minha roupa e me levou para um quarto vazio do apt, me jogou no chão e me violentou, e isso se repetiu, com intervalos, até não ter mais noção de tempo, de nada. Perto das 18 horas me liberou para voltar para casa. Minha família estava apavorada, nunca sumi sem dar explicações. Aproveitei os xingamentos como desculpa para poder chorar um pouco. Procurei um centro de diagnósticos de DSTs e pedi todos os exames disponíveis, durante algum tempo repeti eles até ter 100% de certeza que estava bem fisicamente. Resolvi procurar, um psicólogo, e uma delegacia. Precisa contar isso para alguém, relatar essa violência. Na delegacia, apos solicitar uma conversa reservada e relatar o que aconteceu, ouvi o seguinte: "se você gosta de homem não deve ter sido tão ruim assim, vai acostumar com o tempo." e o "profissional" da psicologia lamentou ocorrido, mas disse que isso era bem normal, era uma especie de "preço a pagar por ser gay e escolher viver essa vida." Hoje com trinta e quatro anos, professor percebo o tamanho da violência que sofri, não por aquele homem, pois vendo que não havia justiça, fiz o que eu achava justo, contratei alguns marginais de rua, e por trocados deram uma surra nele e deixaram bem claro que foi para retribuir o que fez comigo.mas percebi o tamanho da violência que a sociedade fez comigo.

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    1. Há psicólogos e psicólogos. Lamentavelmente você não encontrou um adequado. Na verdade, quantos desses psicólogos são isentos de pseudo moralismo? Nossa sociedade tem um pensamento arcaico, moralista no que declamam (mas não no que praticam). Uma sociedade que se diz cristã mas não observam princípios básicos cristões como "Amai uns aos outros" e "Não julgaras". Uma sociedade hipocrita. Sinto muito pelo que aconteceu com você, sei que as cicatrizes ficam e que dificilmente isso irá mudar. Ao longo da vida teve que aprender a conviver com a memória dessa violência. Desejo a você muita felicidade, apesar desse mal ocorrido...

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  16. Olá
    Tem muita mulher vendida pra caramba
    Sou jovem, tenho 21 anos, sou muito bem de vida e basta eu sair com meu pedaço de lata com rodas que elas já se atiram descaradamente, são muito interesseira, e se tu quer saber isso é bem chato.
    A GRANDE MAIORIA delas age desse modo, e provavelmente devem ser elas as coitadinhas 'abusadas'.
    Tu achas que aquela p*ta que foi 'estuprada' por 33 é uma vítima?
    Eu sinto vontade de tratar muito bem as mulheres, mas do jeito falso e interesseiro como elas agem, eu até me desanimo, me sinto um trouxa quando trato elas bem, sinto que querem mais é serem tratadas como p*tas.
    Quem tem que mudar é as mulheres, demonstrarem pelo que elas realmente se sentem atraídas, se é por uma pessoa que as trate bem e as respeite ou simplesmente por quem tem mais a oferecer.
    Quanto aos sites pornôs, eles não me ensinaram que mulher tem que sentir dor, acho que isso é algo natural que nós homens temos desde muito cedo, é bem excitante ver uma mulher submissa sentindo um pouco de dor e muitas mulheres certamente gostam disso também.
    Mas sou totalmente contra os abusos cometidos contra crianças.
    No momento é essa a minha mentalidade, pode ser que com mais experiências que eu vá tendo eu mude algumas idéias como já fiz algumas vezes, mas o que eu falei acima tu vai ter que concordar comigo.

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